Moradores de Brumadinho defendem permanência da Vale na cidade, mesmo em processo de luto, por acreditarem ser a única maneira de a cidade não morrer junto com familiares e amigos.

Mesmo a um pesado processo de luto, os moradores da cidade de Brumadinho, afetados pelo desastre do rompimento da barragem da Mina do Feijão, defendiam a empresa.

Na avaliação de Jaime, que perdeu parentes e um irmão na tragédia ocorrida, a cidade corre risco de virar uma “cidade fantasma”.

“Se fechar a mina, isso aqui vai virar uma cidade fantasma”, diz ex-funcionário da Vale, Jaime Barbosa.

Logo após alguns dias do desastre, Jaime questiona dizendo que, contudo, não pode deixar a cidade morrer.

“Morreu meu irmão, morrem meus parentes. mas não pode deixar a cidade morrer. Como vão viver meus filhos? como vão viver meus netos?”, indagou.

Em síntese, os sobreviventes do maior acidente trabalhista da história do Brasil defendem a permanência da mesma mineradora que chamavam de assassina.

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